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Branding para Startups

Criar uma startup não é uma tarefa fácil, principalmente no momento em que vivemos. Mas a verdade é que além da ideia inovadora, e de um nicho de mercado específico, você precisa também ter um bom branding.

Isso porque é preciso que sua startup seja reconhecida como uma “marca”. É comum que os inovadores que criam suas startups pensem apenas em um plano focado em performance, conversão e vendas, por considerarem que preocupar-se com a marca seja um desperdício de energia, tempo, dinheiro…

Outros, por não compreenderem o significado de marca e branding, acabam deixando de lado esses atributos de valor importantes para a empresa. Porém, é preciso que as pessoas saibam que nenhum plano de marketing com esses pilares é completamente alcançável se esquecermos do principal ponto a ser fixado: a força de sua marca.

Mas você sabe o que são branding e marca?

Esqueça logotipos ou mensagens arrojadas, MARCA é a percepção dos consumidores, usuários e/ou investidores sobre um determinado negócio.

Tampouco branding é identidade visual ou de marca, o branding pode existir e nem sequer tocar na identidade visual da empresa, pois ele é na verdade a gestão do negócio cujo o objetivo é construir uma marca positiva e posicionada adequadamente através de estratégias eficientes, planejamento, ações e na consistência do direcionamento e desenvolvimento da cultura de marca.

Serve para agregar uma nova visão para o direcionamento micro e macro da startup, sem eliminar outros modelos de gestão, mas sim coexistindo para se otimizarem.

Importância do branding

Marca é a percepção, branding busca gerir essa percepção para que ela se torne positiva e permanente. A percepção se dá através de experiências das pessoas com as marcas, e isso significa que o público pode perceber a marca como sendo de valor ou não de acordo com a relação entre custo, reputação e todos os benefícios tangíveis e intangíveis que a startup e/ou seus serviços e produtos entregam.

Além de monitorar a marca, o branding deve orientar as marcas no desenvolvimento, aquisição e implementação de valores exigidos pelo público-alvo. Valores devem ser tangíveis e intangíveis. Por exemplo, os tangíveis como: preço, serviços agregados, disponibilidade, promessa, eficiência e funcionalidade, competências essenciais, engajamento dos colaboradores, estrutura e recursos intelectuais.

E os intangíveis: personalidade, tom de voz, conceitos intrínsecos à identidade, conceito de comunicação e etc. Você pode se questionar se precificar não é coisa da administração, se o desenvolvimento não seria função de gestores e desenvolvedores, que o serviço poderia ser do marketing e que também a identidade e funcionalidade sejam tarefas dos designers.

A resposta para essas questões é: sim. Qualquer profissional de branding ou empresas que se apropriam do branding como modelo de gestão deve respeitar a opinião e expertises de outras pessoas, pois como já foi dito, o branding não elimina os outros modelos de gestão, apenas direciona as empresas em prol da marca. Mas não podemos afirmar que preço e todos os outros fatores não causam impacto na marca.

Um bom primeiro passo para o branding de sua startup é a escolha do nome e do slogan. Ligue-os diretamente ao seu negócio e faça refletir toda singularidade de sua empresa. Escolha um nome forte, evite repetições, pesquise bastante antes da escolha, e se possível, seja único. Nome e slogan mostram quem é você e o que faz. Cause impacto e seja objetivo. Use esse espaço para deixar claro sua especialização e áreas de atuação.

Melhor momento para inserir o branding na startup

Não há uma regra propriamente dita de quando devemos inserir o profissional de branding em uma startup. Há quem afirme que as startups não se preocupam com a marca na concepção e gestão. É como dizer que criam seus produtos e serviços sem se importar com as oportunidades, sem analisar os benefícios oferecidos e os compromissos com o usuário, sem considerar modelo de negócio para si próprios ou para o investidor. Não há colaboradores mais compromissados do que os de startup que em geral correm riscos, investem tempo, dinheiro e conhecimento em prol da ideia, da oportunidade e eficiência do projeto. Vestir a camisa já é parte de uma cultura de gestão de marca.

O branding deve estar sempre presente, mas o assessor ou consultor não precisa necessariamente intervir diretamente na fase de concepção e gestação. O profissional de branding será estrategicamente mais interessante nas fases de nascimento, validação e crescimento, afinal são nesses momentos que poderá analisar o cenário real para também conduzir a startup em prol da marca sem ferir a motivação de quem esteve sempre na essência do negócio.

Contudo, inserir o profissional de branding na raiz da startup se possível, pode trazer excelentes resultados, pois ele irá considerar a marca em todas as possiblidades de geração de valores e irá analisar todo o ciclo de vida da startup para estudar a extensão da marca.

Ainda é comum que novos produtos e serviços surjam de pessoas com outras expertises. Por isso é essencial saber o momento exato para implementar a gestão de marca ou o profissional que possa orientar.

Não se esqueça, MARCA não é aquilo que a empresa diz que é, mas sim o que as pessoas percebem dela. O gestor pode bombardear com todo tipo de mensagens, ser perfeitamente coerente na personalidade e tom de voz. Porém, se a promessa não for cumprida, o consumidor sempre lembrará da marca pela experiência ruim.

Há um trecho de Benjamim Franklin que resume bem toda a concepção de marca: ‘Diga-me, e eu esquecerei. Mostre-me, e talvez eu me lembre. Envolva-me, e eu entenderei.’

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